Todos nós já ouvimos falar sobre TESTAMENTO (pode ser até que você já tenha feito o seu, inclusive), um documento que determina para quem – ou onde – serão destinados nossos bens materiais após o nosso falecimento. Além de garantir que seus desejos sejam cumpridos, é uma forma de proteger seus familiares e evitar futuras disputas judiciais.

Mas o que muitas pessoas ainda não conhecem é o TESTAMENTO VITAL, também chamado de DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE. Este é um documento que deveria ser de conhecimento de todos, afinal, ele refere-se ao nosso corpo e às nossas vontades, como diz o próprio nome.

No Testamento Vital, a pessoa estabelece quais procedimentos médicos deseja ou não ser submetida caso esteja com uma doença grave e/ou terminal e não está em plena consciência para tomar as próprias decisões a respeito do tratamento. Nele, o paciente deixa claro o que considera intolerável ou até mesmo humilhante, preservando sua dignidade diante do fim da vida.

É UMA FERRAMENTA QUE PROPORCIONA ALÍVIO PARA A PESSOA DOENTE, SEUS FAMILIARES E EQUIPE DE SAÚDE, EVITANDO QUE DECISÕES IMPORTANTES NÃO SEJAM TOMADAS DE FORMA EQUIVOCADA OU INCOMPATÍVEIS COM SEUS VALORES.

Este documento formal deve ser feito quando a pessoa ainda está com sua autonomia preservada e tem plena consciência de suas escolhas. Nele, também é possível nomear outra pessoa (um procurador de saúde) para decidir quais os limites do tratamento quando não houver mais capacidade de tomar as próprias decisões.

Ele deverá ser assinado pela pessoa, pelo procurador de saúde e, preferencialmente pelo médico. Ter um advogado não é prioridade, mas ele poderá orientar a respeito das determinações previstas em lei no Brasil.

É importante ter em mente que o que está disposto no Testamento Vital prevalece sobre qualquer outro parecer médico e desejos dos familiares, exceto se estiverem em desacordo com as normas do Código de Ética da Medicina. Além disso, ele facilita o trabalho da equipe de saúde, tornando-o mais fundamentado e ético, garantindo o direito à vida e a morte digna dos pacientes.

Também é uma forma de assegurar a dignidade e a humanização do cuidado.

“Tem quem prefira a leveza da terra sobre si ao peso de ser livre e voar.” Ana Claudia Quintana Arantes.

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