O conceito de Cuidados Paliativos definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que:

Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.”

Sendo assim, uma série de profissionais de saúde fazem parte da equipe multidisciplinar, a fim de atender à todas as necessidades apresentadas pelo (a) paciente e seus familiares, sendo alguns deles: médicos paliativistas, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais e capelães – ou conselheiros espirituais.

EM CUIDADOS PALIATIVOS, O PACIENTE NECESSITA DE UM CUIDADO COMO UM TODO, UM CUIDADO HOLÍSTICO, POIS CADA PESSOA É COMPOSTA POR ASPECTOS BIOLÓGICOS, SOCIAIS E ESPIRITUAIS ÚNICOS.

Antes de nos aprofundarmos na questão da espiritualidade, é preciso desassociá-la da religiosidade. Enquanto a espiritualidade está ligada a valores e visões de mundo, a religiosidade está atrelada a uma crença específica. Dessa forma, uma pessoa pode ser espiritualizada sem ser, necessariamente, religiosa.

No curso de uma doença ameaçadora da vida, é natural que os pacientes se questionem sobre a sua própria existência, visto que se encontram diante do inevitável processo do adoecimento e da finitude. De tal maneira, esse envolvimento com a espiritualidade pode não só trazer respostas, como oferecer , esperança e bem-estar, contribuindo de forma significativa para o tratamento.

Por isso tanto se fala de uma comunicação aberta, efetiva e transparente entre profissionais de saúde, pacientes e familiares. É importante que os aspectos referentes à espiritualidade sejam questionados, a fim de direcionar a equipe de cuidados para que as demandas individuais sejam atendidas; sempre respeitando valores e crenças.

Fazendo uso de uma conversa franca com o paciente é possível entender quais intervenções serão mais adequadas; quais decisões lhe trarão paz e promoverão dignidade até o fim da vida, sempre baseadas no que é SAGRADO para quem está em sofrimento.

É importante ter em mente que a espiritualidade também abraça os familiares que estão diante da perda iminente de uma pessoa amada, trazendo maior conforto para o coração e para a alma.

A espiritualidade é um dos alicerces da vida do ser humano e, em Cuidados Paliativos essa dimensão deve ser cuidada tanto quanto a promoção do alívio das dores físicas.

“A ciência não só é compatível com a espiritualidade, mas também é uma fonte de espiritualidade profunda.”

Carl Sagan

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